
O Festival Músicas do Mundo já nos
habituou ao longo das suas varias edições à apresentação do melhor que
América Latina tem em termos musicais. E na realidade bem se poderá
dizer que foi a partir do FMM que diversos cantautores e bandas ficaram
mais conhecidas dos público frequentador do evento de Sines e sobretudo
do público português, que tem sublinhe-se, salvo raras excepções um
enorme desconhecimento da muita e boa música que se cria e passa na
america latina. E muitos são os países -berço de diversos êxitos,
estilos e formas de expressar o quotidiano, de que só muito recentemente
se deu conta, por cá no "piqueno" território luso.

Música,
muita e boa música contemporânea, feita por uma nova geração
de compositores e intérpretes, a maioria dos quais referências nos seus
países de origem mas também em todo o "continente" hispano-hablante
volta a estar em evidência na 16.ª edição do
FMM Sines – Festival Músicas do Mundo, que se realiza em Porto Covo e
Sines, entre 17 e 25 de julho de 2015.

E
depois dos "Meridian Brothers", "La
Yegros", "Ondatrópica" e "Bomba Estéreo", que brindaram o público do FMM
com as suas actuações, a viagem pela América Latina do presente, vai
prosseguir com uma estreia absoluta em Portugal da chilena
Ana Tijoux (que vai estar no sul de Espanha também neste periodo de festivais), da orquestra colombiana
La 33, da cantautora argentina
Soema Montenegro e da banda mexicana
Troker.
E como se o catálogo" não fosse suficiente ainda haverá um quinto artista, o produtor argentino
Chancha Vía Circuito, que regressa a portugal para dar conta do seu novo disco, que será a base da subida ao palco do FMM.
ANA TIJOUX
Falemos então de Ana Tijoux, uma das cantantes ou cantautoras mais reconhecidas em toda a América Latina, quer pelo seu estilo, irreverência, performance em palco, voz e também pelo facto de ter crescido musicalmente em parcerias com muitos e bons nomes da musica latinoamericana.
Nascida em Lille, França, em 1977, Ana Tijoux é filha de pais chilenos que tiveram de se exilar durante o regime de Pinochet. E das suas raízes fez caminho num grupo hip hop chileno de nome "Makiza" e avançou depois para uma carreira a
solo, tendo o seu momento de afirmação, em 2009, com o disco “1977”,
inspirado na idade de ouro do hip hop lírico e de protesto dos anos 90.
Curiosamente Ana Tijoux vence um Grammy Latino com a colaboração de Jorge Drexler com o seu disco mais recente, “Vengo” publicado em 2014, que viria a ser nomeado para "melhor álbum latino de rock, urbano ou
alternativo" na última edição cujo ponto alto é Las Vegas, nos Estados Unidos da America.
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