A historia começa há quatro anos quando às mãos de Juan Luis, de 9 anos de idade, chega “Clemencia, la vaca”...
Era um livro pequeno, pleno de desafios e um enredo que não deixou mais até chegar à ultima página...Mas não o fez por obrigação. O Professor não deixou as crianças lerem o livro sozinhos, no seu canto e em silêncio como seria hábito, ou "natural" até então... mas sim juntos e de forma partilhada, lendo, interpretando, teatralizando a história. E assim a cada nova leitura, a cada novo livro lido em conjunto a diversão, a descoberta, a compreensão foi -se desenvolvendo.
O Juan Luis, esse menino de olhos pequenos, abrem-se-lhe horizontes a cada página lida!

“Hay que entender que cada niño es un agente de cambio y que no es una víctima; solo necesita oportunidades”, dice Yépez.
Com esta premissa, World Vision acordou com a Unidad de Gestión Educativa Local (UGEL) de Calca o início das LudoBibliotecas nos colégios, espaços amigos para que as crianças percam o medo e adquiram o gosto pelo livro e a leitura. O objectivo é que cada criança gosto do que lê e por consequência o entenda, diz Dennis Huayhua, director da UGEL
A capacidade dos professores com estratégias de animação da leitura foi o primeiro passo, quando no final de 2008 tudo começou. Logo se seguiu o compromisso das autoridades locais com projectos como o "Festival da Leitura" e o mais importante,que daí adveio, é o papel dos pais neste acarinhar das crianças ao livro.

E lá nas alturas de Calca, a fria escolhinha de Chaipa é um lugar feliz. Ainda que alguns pais se recusem, as crianças vão com os seus trajes tipicos e coloridos para a escola, aprendendo com orgulho a ser o que e quem são!!!
Aprendem lendo em Quechua e também em Castellano. Para entender também teatralizam, as suas histórias.
A uma hora de Chaipa, no colégio San Román de Calca, o toque do recreio já soou ... Ruby com os seus 9 anitos, corre feliz até à biblioteca. Agarra um livro ilustrado de Julio Ramón Ribeyro e abraça-o como se fosse uma boneca... “Yo tele no veo mucho. Más me gusta leer”, diz a petiz sentando-se sobre a mochila e de forma apoiada com os cotovelos no solo, perde-se nas páginas coloridas. Ali ao lado outras crianças descobrem outras histórias...

En Banderayoc, a história de Juan Luis prossegue. Mostra orgulhoso “El viejo y el mar”, o livro de Hemingway que leu em apenas dois dias. E já começou com “Mi planta de naranja lima”.
Este conto não tem final..Dizer que a história do menino dos pequenos e doces olhos, manifestam agora o seu amor à leitura, num sentimento interminável ...e felizmente que assim é!
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