A Bolivia terminará o ano de 2013 com um crescimento económico considerado "record".
«Revendo
os dados económicos estou surpreendido com o crescimento económico do
país, podendo mesmo ser considerado um "record histórico" este
crescimento que
se estima da ordem dos 6,5% em 2013» manifestou Evo Morales,
Presidente da Bolívia no decurso de recente conferência de imprensa.
O
chefe do Estado Boliviano atribuiu esta «"bonança" económica ao esforço
do povo, à subida do sector produtivo e também à política de
nacionalizações implementada desde 2006, com intuito de recuperar os
muitos recursos naturais e as empresas consideradas estratégicas para o
desenvolvimento da Bolívia e o bem estar dos bolivianos».
Evo
Morales sublinha que «a realidade é hoje bem diferente dos tempos
"neo-liberais"» quando o crescimento económico anunciado era da ordem
dos 3% «mas tinhamos nas ruas, em marchas de protesto e reivindicação
de aumentos salariais os trabalhadores de vários sectores de actividade e
os médicos por exemplo, face á falta de poder aquisitivo de bens e
serviços. Actualmente os aumentos salariais estão sempre acima da
inflacção», destacou o presidente boliviano.
Dado
não menos importante diz respeito ao investimento público que em 2014
superará os 6.000 millões de dólares,
sendo que 20% desse montante provém de créditos e os restantes 80% " de
recursos próprios bem ao invés do que sucedeu durantes os governos
neoliberales e tomemos como exemplo o ano de 2005 em que do valor de 600
millões de dólares, cerca de 70% provinha de créditos o que tornava o
Estado dependente do exterior, quando os recursos estavam na mão de
privados nacionais e estrangeiros.
Uma
mudança que decorre do gerar de divisas por parte das empresas
estatais, do reinvestimento de impostos pagos pelos bolivianos e da
democratização dos investimentos, o que se traduz em beneficios para os
bolivianos, em obras suportadas pelo Estado e pelos Municipíos e
implementação de vários programas estatais, realizados a pensar na
melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e do desenvolvimento
económico da Bolívia.
Evo
Morales sublinhou não ser tempo de euforias mas de alguma contenção,
pois apesar deste crescimento "record", de aumento de recursos em cada
uma das regiões da Bolívia, das previsões favoráveis para 2014, «temos
de estar preparados para enfrentar possíveis reflexos das crises
económicas na Europa e nos Estados Unidos que persistem. E, tal como
aconteceu em 2008 a pretexto da "crise do capitalismo" na América, quem
saíu particularmente afectado foi o Brasil e as transacções económicas
com esse país. Dessa situação viria a resultar, por exemplo, uma forte
quebra nas vendas de gás, por parte da Bolívia e por consequência menos
receitas».
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