Dois concertos estão marcados neste regresso da cantora Peruana ao nosso país. A 9 de Maio é a Casa da Música que acolhe a mais “africana” das artistas latinas, que no dia seguinte sobe ao palco do Centro Cultural de Belém.
O ponto de partida para esta viagem musical é o novo
álbum de Susana Baca – “Afrodiaspora” onde Africa e América Latina se cruzam ou
não tivesse a cantora nascido em Lima, no Peru, estendendo as suas raízes para
lá do Atlântico.
Cantora
de música negra, com seu jeito muito próprio, Susana Baca, diz querer
permanecer na memória das pessoas, assim mesmo “a cantar” …
E
se de origens e influências se pode falar, muitos são aqueles que associam
Susana Baca, à música tradicional cabo-verdiana e Cubana, bem como a duas das
suas maiores interpretes – Cesária Évora e Omara Portuondo…
Com uma
voz fantástica que dá cor a melodias afro-peruanas, numa toada melancólica,
Susana Baca foi descoberta em 1985 pelo público anglo-saxónico, depois de ter
entrado na compilação "The Soul Of Black Peru", naquele que seria um
memorável lançamento da editora de David Byrne « a Luaka Bop»
Susana
Baca viria depois a trabalhar com muitos outros músicos da "downtown"
nova-iorquina, Arto Lindsay, por exemplo, chegando a “figura incontornável” das
músicas do mundo. "Espiritu
Vivo", um disco de atmosferas melancólicas ou «Travessias» gravado
em Nova Iorque ,
que conta com a participação especial de Gilberto Gil no tema
"Estrela" ou o cantar de poemas de Pablo Neruda como
"Guillermina" ou ainda a recriação em espanhol e inglês do tema
"Volcano", de Damien Rice, fazem parte da história e da já longa carreira
da cantora peruana.
Conhecida
muito para lá dos limites geográficos do Peru, a detentora de um Grammy, pelo
seu álbum «Lamento Negro» editado em 2002, Susana Baca, integra o Instituto
Negro Contínuo, que fundou com o marido e sociólogo Ricardo Pereira,
instituição cujo objectivo é investigar e divulgar, precisamente a cultura “afro
– peruana”. (Quem diria que existem ligações!)
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